Um estudo realizado pela KPMG revelou que as indústrias de private equity e venture capital começaram 2021 com recorde nos investimentos, fechando o primeiro trimestre em R$ 10,7 bilhões captados, apesar dos efeitos da pandemia e as incertezas no setor econômico.

De acordo com o estudo, os investimentos em venture foram de R$ 8,8 bilhões, quatro vezes mais que o registrado em private equity, que ficou em R$ 19 bilhões.

Apesar de o movimento ser semelhante ao que foi registrado em 2020, quando os investimentos anuais em venture capital ultrapassaram o volume aportado em private equity pela primeira vez na história, os recursos foram 87% maiores do que o capital investido em 2020”, apontou a análise.

A pesquisa aponta que, no total, 70 empresas receberam investimentos e divulgaram os valores das transações entre janeiro e março, um crescimento de 19% na comparação com o mesmo período do ano passado. Desse total, 63 empresas receberam investimentos de venture capital, e 7, de private equity.

O sócio-líder de Private Equity e Venture Capital da KPMG no Brasil, Roberto Haddad, comentou que os tickets médios dos investimentos na modalidade venture capital continuaram subindo neste trimestre, consolidando a tendência observada nos períodos anteriores. “É impressionante o apetite dos investidores estrangeiros pelas startups e empreendedores brasileiros, mesmo no atual ambiente desafiador. Além disso, temos acompanhado um volume expressivo de saídas, o que consolida ainda mais o ecossistema brasileiro de PE&VC”, afirma Haddad.

Conforme o estudo, o investimento médio por empresas foi de R$ 140 milhões no segmento de VC e de R$ 277 milhões em PE. Na comparação com o 1º trimestre de 2020, o ticket médio por empresa investida na modalidade de VC subiu 140%. Já o total de desinvestimentos somou R$ 7,8 bilhões.

Os setores que receberam mais aporte foram de serviços financeiros (24%) e tecnologia da informação (13%).