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Há uma nova palavra de ordem nas recomendações de analistas e influencers e nas ofertas das plataformas digitais: incluir na carteira investimentos no exterior, para diversificação de risco frente a possíveis choques internacionais (como a covid-19) ou nacionais (com os quais estamos habituados), em um momento em que o investidor procura manter o retorno em meio aos juros baixos.

Mas será que esse incentivo vem com suficiente instrução? Além de uma possível falta de familiaridade com a economia e os negócios de outros países, o brasileiro estimulado a aplicar além-mares está a par das exigências que pode sofrer na hora de pagar impostos ou em caso de morte?

Especialistas envolvidos com o assunto descrevem um forte aumento da procura nos últimos três anos. “As plataformas digitais têm oferecido mais produtos, e há mais interesse dos clientes”, diz Christiano Chagas Monteiro de Melo, sócio do escritório Demarest, que tem entre seus clientes fundos, gestoras e investidores individuais.

Mudou, ele diz, a motivação da aplicação no exterior: “Nos anos 1980 e 1990, o interesse estava ligado ao medo de confiscos pelo governo, como o Collor fez. Hoje, a procura se dá pela queda na taxa de juros a 2%. É uma busca menos ligada à segurança e mais à rentabilidade”.

Fonte: Valor Investe