Ninguém estava esperando por algo como a pandemia de Covid-19, muito menos às empresas. De uma hora para outra, passou a ser necessário reformular vários aspectos do próprio negócio, compreender novos hábitos de consumo, e especialmente, lidar com os desafios que a crise sanitária trouxe para o faturamento.

Empresas e consumidores foram se adaptando mutuamente ao novo modo de interagir, respeitando as limitações e as regras impostas pela questão de higiene e saúde. Isso serviu como um termômetro, a literal “sobrevivência do mais apto”. Quem conseguiu inovar e entender o quê e como mudar, seguiu operando. Os negócios que não conseguiram chegar lá, na maioria dos casos, deixaram ou deixarão de existir.

De acordo com dados do IBGE, das 716 mil empresas que fecharam as portas entre os meses de março e julho, mais de 520 alegaram que a pandemia foi o principal fator de encerramento. O fato de tudo isso ter acontecido em pouco mais de 4 ou 5 meses gera uma reflexão importante, um aprendizado trazido pelo “novo normal”: é necessário compreender as novas diretrizes de mercado. E, na medida do possível, contar com ferramentas para inovar rapidamente e não correr o risco de perder seu negócio por não estar preparado.

Um dos aspectos que mais sofreu alterações diante das limitações da pandemia é a maneira de consumir diversos tipos de serviço. Restaurantes, por exemplo, de um dia para o outro se viram sem poder receber clientes com a mesma frequência, assim como lojas em shoppings, mercados, academias, barbearias e outros estabelecimentos com pontos fixos.

Quem já estava pronto para oferecer delivery e outros serviços a distância conseguiu sobreviver, apesar da redução no faturamento. Já, quem precisava de tempo para acertar essas questões, em muitos casos viu o negócio decair rapidamente, mesmo após reduzir salários e demitir colaboradores.

Além do consumo, a maneira de trabalhar também foi completamente alterada, tanto para atender às exigências relacionadas à saúde e evitar contaminação quanto para manter o isolamento. Para isso, quem podia, decidiu trabalhar em casa.

O home office surgiu como uma possibilidade de as empresas continuarem trabalhando e evitar demissões e outros problemas. É uma solução viável em determinadas condições, mas exige alguns cuidados e uma atenção maior aos fluxos de atividades.

Mais uma vez saíram ganhando as empresas que souberam auxiliar os membros de suas equipes neste momento, seja na parte estrutural (com equipamentos, auxílios específicos) ou na preocupação com a saúde e a organização do dia a dia.

O que podemos aprender com isso?

Diante de um cenário como o da pandemia do novo coronavírus, é de extrema importância compreender que nada voltará a ser 100% como era antes. A vida mudou, tudo está diferente e o que resta agora é absorver as mudanças e descobrir como entrar realmente nesse “novo normal”.

  • Servimos pessoas, não números 

Se antes o mais importante, na maioria das vezes, era entregar o serviço ou produto rápido, com eficiência e mais barato que a concorrência, hoje não é mais assim. Passou a ser mais valorizada aquela empresa que mostra o cuidado com os clientes, que demonstra estar pronta para servi-lo com segurança e compreendendo suas necessidades.

Praticamente não existe mais nada que seja “em massa”, e quanto mais pessoal e particular for a experiência para o cliente, mais ela será vista como uma boa opção. Pense: em um momento desses, com o isolamento, um atendimento amigável, um recado de esperança e algo menos robótico às vezes é muito para alguém que está passando por um grande stress emocional.

  • Transformação digital não é mais um diferencial, e sim uma necessidade 

É praticamente certo dizer que as empresas que passaram sua operação para o digital tiveram e têm mais chance de sobreviver ao período da pandemia (e também ao futuro).

Há certo tempo, oferecer um atendimento a distância era um diferencial, mas hoje pode ser a diferença entre ter e não ter clientes. Um ponto crucial na inovação é descobrir como oferecer todos os seus serviços e/ou produtos de forma digital, facilitando a vida do consumidor sem perder eficiência. É o caso da Vittude, que oferece terapia online pensando totalmente em manter a relação entre paciente e psicólogo a melhor possível, mesmo no ambiente virtual.

Evita-se o contato físico, mas o humano, que é o mais importante, se mantém com todo o cuidado necessário — cada um em sua casa. E, não posso deixar de destacar que, neste período de pandemia, vimos o braço corporativo da Vittude crescer mais de 800%. Foram inúmeras as empresas que passaram a adotar o apoio psicológico como um benefício corporativo.

Organizações como SAP, Grupo Boticário, Raia Drogasil e inúmeras startups e scale-ups passaram a investir na saúde emocional do seu time. Afinal, se estamos na era da transformação digital, não existe ativo mais valioso que a mente saudável do seu colaborador, não é mesmo?

Quem não se adaptou ao digital, muito provavelmente se viu perdendo rapidamente toda a chance de manter seu negócio funcionando. Não importa o tamanho ou o ramo de sua empresa, a essa transformação é essencial!

  • Devemos estar preparados para o pior

Quem, há um ano atrás, esperava por uma situação como essa pela qual estamos passando Provavelmente ninguém. E ficou muito claro que a maioria do mundo dos negócios não estava preparado para lidar com um novo modo de consumir e trabalhar.

Portanto, deve ficar de aprendizado o fato de que tudo pode se tornar diferente (seja melhor ou pior) do dia para a noite, e devemos estar preparados para isso, o máximo que for possível.

Fonte: Startupi