A indústria de alimentos e bebidas no Brasil está se preparando para um período de grandes investimentos, com um total de R$ 120 bilhões previstos entre 2023 e 2026. Esse valor, revelado em um estudo da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos e Bebidas (Abia) e publicado no jornal O Globo, reflete o otimismo do setor após os impactos da pandemia de COVID-19.

A Nestlé, por exemplo, anunciou um plano histórico de R$ 7 bilhões, o maior já realizado pela empresa suíça no Brasil. Este investimento inclui a construção de uma nova fábrica de ração para animais da marca Purina em Santa Catarina, além da expansão das fábricas de chocolates em Caçapava (SP) e de cafés em Araras (SP), conforme informações de Gustavo Bastos, vice-presidente de jurídico & Assuntos Públicos da Nestlé no Brasil.

Além da Nestlé, outras empresas estão ampliando suas operações. A JBS e a BRF, principais processadoras de carnes do Brasil, estão entre os destaques, assim como as fabricantes globais Unilever, Mondelez, General Mills e Kellanova, esta última criada para gerir as marcas de salgadinhos da Kellogg. A Coca-Cola também está investindo em modernização e expansão de suas fábricas.

Os planos de investimento incluem a modernização de plantas existentes e a construção de novas unidades. A JBS destinará R$ 15 bilhões para expandir sua produção em Mato Grosso, enquanto a BRF investirá R$ 5,6 bilhões em diversos frigoríficos pelo país.

Investimentos expressivos mostram confiança no futuro do setor alimentício:

Outros investimentos notáveis são os R$ 4 bilhões da Coca-Cola para modernização de suas fábricas e os R$ 3,5 bilhões da Coamo para ampliação da capacidade de processamento de grãos.

De acordo com o estudo, cerca de R$ 23 bilhões já foram investidos em 2023, e o setor planeja continuar com aportes significativos. As contribuições de empresas como Cargill, Nutriza Alimentos Nordeste, Bunge Alimentos, Cocamar, Pepsico e Mondelez somam mais de R$ 8 bilhões.

Os analistas destacam que o aquecimento da demanda por bens não duráveis, como alimentos e bebidas, está impulsionando esses investimentos, mesmo com um crescimento econômico modesto de 2% ao ano no Brasil.

A modernização das fábricas e a ampliação das capacidades produtivas são vistas como estratégias essenciais para atender a essa demanda crescente e melhorar a eficiência do setor.

Esses investimentos refletem não apenas a recuperação do setor após a pandemia, mas também uma visão otimista em relação ao futuro do mercado alimentício no Brasil.

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