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Após décadas como uma das empresas de cosméticos mais importantes do mundo, a americana Revlon pediu proteção contra a falência – processo que, no Brasil, é conhecido como recuperação judicial.

Seus executivos garantiam que o processo de reestruturação da dívida permitirá que a empresa a atender o mercado, sem interromper suas operações. “A declaração de hoje permitirá à Revlon oferecer aos seus clientes os produtos icônicos fornecidos há décadas e, ao mesmo tempo, viabilizará um caminho mais claro para o nosso crescimento futuro”, afirma a CEO da empresa, Debra Perelman.

A Revlon anunciou que, assim que receber a aprovação judicial, receberá US$ 575 milhões dos seus financiadores para dar continuidade à sua produção.

No início do ano, a Revlon havia advertido que enfrentava “falta de liquidez, provocada pelos contínuos desafios globais, incluindo a interrupção da cadeia de fornecimento e o aumento da inflação”.

No final de março, sua dívida de longo prazo era de US$ 3,3 bilhões. As notícias sobre sua falência iminente provocaram queda no preço das ações da empresa poucos dias antes do pedido de recuperação judicial.

A Revlon vende seus produtos atualmente em mais de 150 países, mas sua posição de mercado sofreu um claro retrocesso. A empresa era uma das maiores marcas de cosméticos no mundo, mas hoje ocupa apenas 22ª lugar.

O retrocesso da marca começou na de 1990, quando a empresa não conseguiu adaptar-se às mudanças das preferências dos consumidores. Naquela época, começou a aumentar a preferência por batons de tons mais opacos, no lugar do vermelho brilhante.

Esse desencontro abriu oportunidades que os concorrentes souberam aproveitar. A Revlon foi perdendo participação de mercado para rivais tradicionais, sem contar o surgimento de novas marcas, impulsionadas por personalidades famosas – como Fenty Beuaty, da cantora Rihanna, e Kylie Cosmectics, de Kylie Jenner.

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