Em março de 2020, como resultado da pandemia do novo coronavírus, as empresas precisaram adotar o home office. Passado pouco mais de um ano no início da crise, diversas companhias começaram a se questionar se a volta ao modelo tradicional é de fato, o modelo ideal.

Segundo dados de uma pesquisa realizada pela consultoria de recrutamento Robert Half com 1.500 executivos do Brasil, Alemanha, Bélgica, França e Reino Unido, a tendência é o chamado “anywhere office”, ou seja, escritório em qualquer lugar. Para 95% dos entrevistados, o trabalho remoto é visto como parte permanente do cenário de empregos. Ainda de acordo com o levantamento, os principais benefícios desse modelo são: equilíbrio entre vida pessoal e profissional e redução de custos de escritório.

Anywhere office

Esse modelo consiste em adotar o trabalho remoto durante alguns dias da semana e o presencial nos outros. É importante lembrar que a implementação requer cuidados, e que nem todas as empresas estão preparadas –ou têm perfil – para isso.

Por exemplo, em setores como o de tecnologia é mais fácil atuar de forma remota, mas nas empresas tradicionais e nas que exigem mais interações entre funcionários e clientes, estar no escritório faz parte do sucesso da operação.

O presidente da Produtive, consultoria de planejamento e transição de carreira, Rafael Souto, revela que a organização precisa pensar sobre alguns pontos para iniciar o processo: qual é a diversidade de atividades que o negócio possui? Quais são a cultura e o estilo de gestão? Há incentivo para o protagonismo de carreira e para a autonomia? Quais são os impactos da mudança nos rituais de socialização? Há tecnologia suficiente para o suporte Trabalho remoto?

Rafael comenta que as respostas a essas perguntas irão guiar a empresa para decidir que caminho seguir. É preciso ter cuidado: existem diversas organizações pensando no híbrido apenas para seguir uma tendência ou ser modernas, mas não se trata de algo simples nem que deve ser feito no curto prazo.

Fonte: VocêRH.