O mercado de saúde passa por um ótimo momento no país. No último ano foram contabilizadas no Brasil, aproximadamente 80 fusões e aquisições (M&A) de empresas do ramo, como laboratórios de diagnóstico, clínicas médicas, hospitais e operadoras de saúde.
Este número aponta um acréscimo de 25% em comparação a 2018. De acordo com a consultoria KPMG, o valor quebra um recorde no volume das transações, que vinha desde o ano 2000.
A agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) registrou 31 pedidos de aprovação de compra de controle em 2019 – levando em conta apenas as transações envolvendo as operadoras.
Para 2020, a expectativa é que o crescimento deva continuar. Para Saulo Sturaro, sócio da JK Capital, consultoria especializada em fusão e aquisição de empresas, “a cadeia das operadoras verticalizadas é muito grande. Elas comprar desde outras operadoras até hospitais, laboratórios e clinicas especializadas, e a tendência é que essa movimentação se intensifique”.
Dinheiro não é o problema para a efetivação de fusão e aquisição de empresas no setor da saúde. Para ilustrar, duas relevantes operadoras que abriram seu capital em 2018 conquistaram R$ 20 bilhões durante o período, do qual, fatia desse dinheiro segue no caixa dessas empresas para realizar novas transações.
Além do poder aquisitivo para investir, a perspectiva de aumento das fusões e aquisições está ligada a uma combinação de fatores demográficos, econômicos e características do setor da saúde. Atualmente, apenas 25% da população brasileira possui convênio médico.
O setor privado de saúde ainda é bastante fragmentado. Existem no país mais de 1 mil operadoras de planos de saúde e odontológicos, 4 mil hospitais e 24 mil laboratórios e clínicas de medicina diagnóstica.
Durante o último ano, a JK Capital fez parte de oito operações no setor de saúde e já possui outros 15 negócios em andamento. Entre eles, à venda do laboratório de imagens Ecoimagem, localizado em São Bernardo do Campo, para a Ghelfond Medicina Diagnóstica, umas das principais empresas de diagnósticos médicos do país.
Fonte: Terra