Fusões e Aquisições – De 19 a 25/jun/2017

Anunciadas operações de Fusões e Aquisições com destaque pela imprensa na semana de 19 a 25/jun/2017.

M & A – VENDA

  • Estatais de energia podem atrair R$ 30 bi. Nova onda de privatização de ativos de empresas como Cesp, CEB, Cemig e CEEE mobiliza investidores nacionais e estrangeiros. Uma nova onda de “privatização” começa a ser colocada em curso no setor elétrico brasileiro, num movimento que pode atrair quase R$ 30 bilhões, apurou o ‘Estado’. Do ano passado para cá, estatais de vários Estados iniciaram processo para vender ativos de geração, transmissão e distribuição de energia. A lista inclui Cemig, de Minas Gerais; Cesp, de São Paulo; Copel, do Paraná; CEB, do Distrito Federal; e CEEE, do Rio Grande do Sul; além da companhia federal Eletrobrás. Na outra ponta estão investidores tradicionais do setor e estrangeiros com elevada liquidez que querem estrear ou aumentar a participação no País. Há, pelo menos, uma dúzia de multinacionais avaliando os negócios no setor, como as canadenses Hydro Quebec e os fundos CPPIB, Ontario Teachers e British Columbia; as europeias Iberdrola, Enel e Terna; e as chinesas State Grid, Huadian, China Three Gorges (CTG), State Power (SPIC), China Investment Corporation (CIC) e China Southern Grid. Entre as nacionais, a Equatorial é apontada como consolidadora.24/06/2017
  • Venda da Light pela Cemig pode atrair Enel, Equatorial e chineses. A Cemig pretendia negociar apenas a unidade de geração da Light, mas seu conselho aprovou a venda da totalidade da participação na empresa. Uma possível venda da elétrica Light por sua controladora, a estatal mineira Cemig, deverá atrair interesse de grandes investidores internacionais presentes no Brasil, como a italiana Enel e a chinesa State Grid, além de grupos locais, como a Equatorial, segundo analistas. A Cemig pretendia inicialmente negociar apenas a unidade de geração da Light, mas seu Conselho de Administração aprovou nesta semana a venda da totalidade da participação na empresa, que abrange também um braço de distribuição, responsável pelo fornecimento na região metropolitana do Rio de Janeiro.23/06/2017
  • Máquina troca dívida por controle. A Máquina de Vendas, dona da rede Ricardo Eletro e uma das maiores varejistas de eletroeletrônicos do país, negocia com bancos uma reestruturação de seus débitos que deve levar as instituições financeiras a terem o controle da empresa, apurou o Valor com fontes a par do assunto. O plano desenhado pela Máquina prevê a criação de uma nova holding que deve assumir cerca de R$ 1,4 bilhão das dívidas devidas aos bancos Bradesco, Itaú e Santander. Essa holding controlaria a Ricardo Eletro, que reúne os negócios de varejo do grupo. Com isso, segundo o plano em construção, os bancos passariam a ter controle indireto da varejista Ricardo Eletro, que ficaria “limpa” das dívidas, podendo retomar determinadas negociações com fornecedores. Há indústrias que restringiram contratos de fornecimento para a rede, considerando aumento do risco financeiro. Atualmente, a Ricardo Eletro é a principal bandeira de varejo do grupo. Com essa operação, deve permanecer na antiga holding apenas uma dívida menor, de R$ 203 milhões, segundo fonte.23/06/2017
  • J&F tem oferta de R$ 14 bilhões da Arauco pela Eldorado, diz fonte. Eldorado e Arauco concordaram com negociações exclusivas que durarão até meados de agosto, disse a pessoa. Celulosa Arauco y Constitucion fez uma oferta pela Eldorado Brasil Celulose, avaliando a empresa controlada pela família Batista em cerca de R$ 14 bi, incluindo dívidas, de acordo com uma pessoa com conhecimento direto do assunto. Dívidas totais da Eldorado são de R$ 9 bi, segundo dados compilados pela Bloomberg.23/06/2017
  • Cemig venderá participação total na Light. Depois de muita resistência, o conselho de administração da estatal mineira Cemig aprovou ontem a venda da totalidade da sua participação na carioca Light, em mais um passo para reduzir o endividamento. A notícia deve ter recepção positiva no mercado, tanto para a Cemig quanto para a Light – que ganhará a possibilidade de ter um controlador capitalizado para fazer os investimentos necessários. A Cemig tem, entre participação direta e indireta, cerca de 43% da companhia carioca. Embora admitisse abrir mão de uma fatia da companhia, a Cemig sempre insistiu que pretendia se manter no bloco de controle, por considerar a Light um “veículo de crescimento em distribuição de energia”. 22/06/2017
  • JBS anuncia programa de venda de ativos para levantar R$ 6 bilhões. Com o objetivo de diminuir o endividamento do grupo, plano inclui a venda de participação acionária na Vigor, de laticínios, de fatia da unidade de frango e processados na Irlanda, a Moy Park, e também fazendas nos Estados Unidos e Canadá. Em meio à crise deflagrada após a delação do empresário Joesley Batista, um dos donos da companhia, a JBS S.A. informou ontem ao mercado que vai adotar um programa de venda de ativos. A meta é conseguir R$ 6 bilhões em recursos, que vão se somar ao montante de R$ 1 bilhão já anunciado na semana passada, resultante da venda das operações da empresa na Argentina, Paraguai e Uruguai. 20/06/2017
  • Alpargatas no alvo de fundos. A J&F Investimentos recebeu propostas pela Alpargatas de fundos de investimentos, incluindo Carlyle e Advent. De acordo com fonte a par das ofertas, a J&F recebeu “algumas” propostas, vindas principalmente de grupos que já negociaram a compra da calçadista em 2015. A J&F informou em maio que não contratou banco ou consultor para vender sua participação na Alpargatas. Ontem, o grupo não quis comentar o assunto.21/06/2017
  • Petrobras avança com venda do campo de Azulão para fase de propostas vinculantes. Companhia anunciou em maio a abertura de um processo para vender 100% de sua participação no campo da Bacia do Amazonas. A Petrobras iniciou nova fase no processo de venda de sua participação no campo de Azulão, na Bacia do Amazonas, em que enviará cartas-convite para potenciais compradores habilitados, que poderão então mandar propostas vinculantes pelo ativo, segundo comunicado da petroleira na noite de segunda-feira. 20/06/2017
  • Venda do Original pode esbarrar em dívida com FGC. O processo de venda do Banco Original pode esbarrar na dívida que os donos do frigorífico JBS, controladores da instituição, têm com o fundo garantidor de créditos (FGC). O valor atualizado da dívida, contraída em 2011 para financiar a aquisição do Banco Matone, é da ordem de R$ 3,5 bilhões, bem acima da avaliação esperada para o Original em uma eventual venda, segundo fontes. Procurados, o banco e o FGC não comentaram o assunto….20/06/2017

 

 

M & A – COMPRA

  • Gigante da área da saúde negocia investimento no Hospital São Lucas. Hospital Care está investindo milhões de reais em hospitais do interior de São Paulo. A Hospital Care, holding da área da saúde com capitais nos fundos da Bozano e Abaporu, está em negociações finais para investir no Hospital São Lucas de Ribeirão Preto. A informação é do site Valor Econômico. Situado na Vila Seixas, o hospital ribeirãopretano contêm instalações para procedimentos médicos complexos e para casos mais simples. Atualmente, é dirigido por Pedro Palocci, irmão do ex-prefeito da cidade, Antônio Palocci. 22/06/2017
  • JDE mira mercado premium e avanço de 2 dígitos. Atenta a uma demanda que tem avançado nos últimos anos, a Jacobs Douwe Egberts (JDE), companhia global de cafés e chás, anunciou ontem o lançamento de novos blends de sua marca premium Café do Ponto no mercado brasileiro, o que deve contribuir para a meta da empresa de elevar em dois dígitos a receita no país este ano, disse a presidente da JDE Brasil, Lara Brans. Em 2016, a companhia, dona também das marcas de café torrado e moído Pilão, Caboclo, Seleto, Damasco e Pelé, teve uma receita de € 500 milhões no Brasil, 10% de seu faturamento global de € 5 bilhões. Questionada por jornalistas sobre possíveis novas aquisições no Brasil, Brans disse que a empresa está sempre atenta a oportunidades. A JDE é a segunda no mercado de café do Brasil, com uma fatia de 18,6% do total, atrás do Grupo 3corações, que tem 24% de participação, conforme a Nielsen.21/06/2017
  • Itaú Unibanco sai da disputa para comprar Banco Patagonia. Em comunicado nesta quarta-feira, o Itaú Unibanco disse que a decisão seguiu uma “análise cuidadosa” do acordo. O Itaú Unibanco decidiu não fazer oferta vinculante para comprar o controle do argentino Banco Patagonia. 21/06/2017
  • Questionada pela CVM, Suzano diz que se prepara para fusões. A Suzano foi questionada sobre a notícia de que contratou bancos para assessorá-la em oferta pela Eldorado.  Suzano: a empresa afirmou que “permanentemente avalia e se prepara para possibilidades de fusões e consolidação” A Suzano afirmou nesta segunda-feira que tem defendido o redesenho da indústria de papel e celulose e que isso pode envolver movimentos de fusão e aquisição por parte da companhia.19/06/2017
  • Oncoclínicas projeta receita de R$ 1 bilhão. A Oncoclínicas, rede de clínicas para tratamento de câncer controlada pelos fundos Victoria Capital e do Goldman Sachs, prevê encerrar o ano com uma receita de R$ 1 bilhão, o que representa uma alta de 40% em relação a 2016. “Desse crescimento, 30% virão de expansão orgânica e os demais 10% de aquisições de clínicas e parcerias com hospitais”, disse Luis Natel, presidente da Oncoclínicas. 19/06/2017

Via Fusões Aquisições.