Se você faz parte de um ambiente corporativo, certamente já deve estar familiarizado com o termo fusões e aquisições. Essa expressão deriva do inglês mergers and acquisitions e se refere às transações financeiras que envolvem a venda, compra e composição de duas ou mais empresas. 

Esse tipo de operação pode ser muito vantajoso para as organizações envolvidas, que podem escalonar seus ganhos. No entanto, alguns cuidados devem ser tomados para garantir que o resultado seja positivo. 

Por isso, trouxemos neste texto três exemplos de fusão e aquisição de empresas bem-sucedidos, além de alguns tópicos sobre o que deve ser observado ao realizar uma transação desse tipo. Confira! 

Quais são as vantagens das operações de fusões e aquisições? 

Um processo de fusão e aquisição pode ser motivado por uma série de razões. Geralmente, proprietários e CEOs o veem como uma forma de crescer a empresa de forma mais acelerada e com menos riscos do que pelos meios tradicionais de vendas e posicionamento de mercado.  

Além disso, esse processo tende a aumentar a competitividade da nova empresa, que ganha poder de barganha junto a fornecedores graças ao escalonamento de suas operações. 

Outra vantagem é a diversificação dos negócios das empresas envolvidas. Isso porque a nova organização passa a abranger mais de um produto e nicho de consumidores. Assim, ela consegue dominar uma parcela maior do mercado. 

Assim, podemos dizer que, quando as fusões e aquisições de empresas ocorrem, a tendência é que os faturamentos sejam unificados e aumentem exponencialmente. Por isso, a nova empresa acaba sendo maior e muito mais lucrativa. 

Cases de sucesso de fusões e aquisições 

Existem no mercado alguns exemplos marcantes de fusões e aquisições bem-sucedidas, que resultaram em grandes ganhos para as empresas envolvidas. Listamos 3 cases de sucesso que aconteceram no Brasil: 

Ambev e Do Bem 

Em 2016, a Ambev, uma megacorporação brasileira conhecida pela produção de bebidas – como cervejas, refrigerantes e sucos -, anunciou a compra da fabricante de sucos Do Bem, que também produz chás embalados e barras de cereal. 

O valor da transação não foi revelado oficialmente, mas transita na casa dos milhões de reais.  

No caso da Ambev, a aquisição ocorre principalmente para diversificar e fortalecer o portfólio de bebidas não alcoólicas da empresa, em especial no setor de produtos saudáveis. Isso porque a Ambev é normalmente reconhecida pela comercialização de bebidas alcóolicas. 

Já no caso da empresa adquirida, a fabricante Do Bem, a principal vantagem reside no escalonamento da produção e na melhor distribuição dos produtos no país. Segundo a Do Bem afirmou em comunicado após o anúncio da transação, já era comum receber solicitações dos clientes para que os produtos fossem vendidos em mais regiões. 

Antes, a operação da marca concentrava-se sobretudo no Sudeste do Brasil. Após a compra da Do Bem, esses pedidos puderam ser concretizados. Dessa forma, a operação de fusão e aquisição resultou em ganhos para ambas as partes.  

Suzano e Fibria 

No início de 2019 foi concretizada a fusão das gigantes Suzano Papel e Celulose e Fibria Celulose. Depois de ser submetido à aprovação de órgãos nacionais e estrangeiros, o acordo foi concretizado após a Suzano realizar um pagamento de cerca de R$ 27 bilhões aos acionistas da Fibria. Estes passaram então a serem acionistas da Suzano, a qual se tornou a nova marca das empresas. 

Nesse caso, a nova organização já nasceu com uma capacidade de produção anual de 11 milhões de toneladas de celulose, além de aproximadamente 1,4 milhão de toneladas de papel.  

Assim, pode-se afirmar que este caso de fusão resultou em um expressivo aumento nas receitas da empresa, além de um escalonamento da capacidade produtiva.  

A corporação, agora denominada Suzano S.A., é atualmente avaliada em mais de 14 bilhões de dólares. O grupo está presente em mais de 80 países e, só no Brasil, comanda 11 fábricas, empregando cerca de 37 mil trabalhadores de forma direta e indireta. 

Mercado Livre e Axado 

O Mercado Livre, empresa líder no setor de comércio eletrônico na América Latina, oficializou em 2016 a compra de sua StartUp parceira Axado. A empresa brasileira, destaque no ramo de gestão de fretes e outras soluções para e-commerces, foi adquirida pelo montante de R$ 26 milhões. 

À época da negociação, a Axado somava 580 transportadoras integradas e calculava fretes para mais de 2,5 mil e-commerces, graças a uma ferramenta capaz de simplificar a logística de prazos, valores e rastreamentos e reduzir os custos totais do frete. 

Com a aquisição, o Mercado Livre deu continuidade a um projeto de ampliar os serviços de sua unidade de frete e coleta de mercadorias, o Mercado Envios. Assim, o sistema de transportes e logísticas do Mercado Livre foi ampliado e passou a contar com todas as inovações utilizadas pela empresa comprada. 

Para os sócios-fundadores da Axado, a aquisição representou uma oportunidade de evoluir ainda mais os sistemas utilizados e expandir os serviços oferecidos aos clientes. Além disso, a empresa manteve a sua estruturação. Os colaboradores e escritórios foram mantidos na cidade de Florianópolis e os sócios continuaram à frente da gestão da companhia.   

Mas o que pode dar errado? 

Você já deve ter percebido que as fusões e aquisições podem ser muito vantajosas para as empresas envolvidas, certo? Afinal, é possível combinar produtos, expandir áreas de atuação e aumentar as receitas. 

No entanto, esse tipo de processo precisa ser realizado com cautela e planejamento. Afinal, o patrimônio em risco é bastante elevado, 

Alguns dos principais problemas que podem acontecer durante um processo de fusão e aquisição são: 

Posicionamento confuso 

Em alguns casos em que as fusões e aquisições combinam marcas que atuam em nichos diferentes, o posicionamento da nova empresa pode ficar confuso para os consumidores. Assim, pode acontecer uma perda de identificação dos clientes com a comunicação atualizada da marca.  

Perdas na produtividade dos colaboradores 

Outro problema comum em fusões e aquisições mal planejadas é a perda na produtividade dos funcionários. Isso acontece porque muitos ficam apreensivos com a possibilidade de demissão durante a transação.  

Ademais, com a alteração de alguns processos operacionais e reestruturações na nova empresa, o colaborador pode se sentir perdido em relação às suas funções. 

Conflitos na cultura corporativa 

Com a união de duas empresas, podem surgir discordâncias em relação à cultura corporativa de cada uma. Por isso, é importante que as diretorias das organizações adotem medidas de integração das culturas, para que não existam choques entre o modus operandi de colaboradores provenientes de empresas diferentes.  

Perda de força da marca 

Em alguns casos de fusão e aquisição, corre-se o risco de perder a força de marca das empresas antes do processo. Afinal, será formada uma nova empresa, e é importante deixar isso claro para que o consumidor não estranhe a nova marca.  

O ideal é que, no processo de fusão ou aquisição, aconteça justamente o contrário. Ou seja, com a união das marcas, elas devem se tornar ainda mais fortes e reconhecidas, pois ganham participação no mercado.  

A importância de uma consultoria especializada 

Por essas razões, é indispensável buscar o serviço de uma consultoria especializada antes de realizar uma operação de fusão ou aquisição na sua empresa. Dessa forma, você garante o apoio de um profissional qualificado em todas as etapas do processo, desde o planejamento até a integração das culturas corporativas. 

A consultoria pode realizar um estudo de caso e apontar as melhores soluções para que todos os ganhos sejam otimizados. Além disso, ela consegue enxergar os riscos e ajudar a sua empresa a driblar possíveis problemas.  

Agora que você já conhece alguns exemplos de fusões e aquisições, quer saber mais sobre como uma consultoria especializada pode auxiliar a sua empresa no passo a passo desse processo? Então entre em contato com a Studio Brokers e conheça as nossas soluções para compra e venda de empresas!


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