Entre as inúmeras possibilidades que se abriram com a chegada das fintechs no país, umas das mais significativas são como elas foram capazes de facilitar o acesso ao empréstimo pessoal. Usando base tecnológica para oferecer um serviço mais personalizado e próximo das necessidades do cliente, as startups simplificaram o acesso ao crédito, tornando-se referência a atraindo cada vez mais investidores.

Após atender questões de segurança, as tecnologias criadas pelas startups tratam um dos pontos mais delicados das instituições financeiras tradicionais.  Enquanto nos bancos consolidados esse processo acontece por meio de um score de risco que é baseado em informações cadastradas, histórico de movimentação da conta, entre outros pontos, as fintechs contam com ferramentas que analisam desde informações básicas até perfis em rede social. Toda essa análise de crédito é feita de maneira inteligente que em poucos segundos reúne todos os dados necessários sobre um determinado usuário. Temos ainda exemplos de marketplaces, onde a pessoa  pode comparar taxas e escolher a que melhor se adequa à sua necessidade.

Todos esses processos garantem uma maior diversificação de taxas de juros que o indivíduo pode encontrar, ou seja, facilitam o acesso ao crédito, beneficiando tanto o cliente como o mercado que terá mais dinheiro injetado, de alguma forma, na economia. Tudo isso só é possível porque para as startups a preocupação com a experiência do cliente é nativa, elas são desenvolvidas com esse pensamento e criam soluções a partir dela. E quando voltamos a falar sobre os bancos tradicionais, enxergo que existe um gargalo enorme no que tange a questão da inovação, ou seja,  precisam correr contra o tempo.

As fintechs não devem substituir por completo o mercado tradicional, afinal as instituições bancárias têm um grande expertise sobre o segmento financeiro e sabem como ninguém alguns dos principais processos. Não creio também em um cenário em que os bancos se digitalizem a ponto de cessar o crescimento das startups, elas já nascem com um olhar do segmento muito necessário para o mundo cada vez mais dependente da tecnologia aliada ao crescimento da economia. Um sistema híbrido deve acontecer e quem mais beneficiará serão os usuários.

Fonte: Canal Tech