A Monkey Exchange, dona de um marketplace de antecipação de recebíveis, acaba de concluir sua rodada de captação série A, na qual levantou 6 milhões de dólares. O investimento foi liderado por nomes de peso do mercado: o braço de Corporate Venture Capital do Itaú e o fundo americano Quona (que investe na Creditas e no Neon).

Até então, a fintech, fundada em 2016 pelos empreendedores Gustavo Müller, Bruno Oliveira e Felipe Adorno, tinha recebido 1,5 milhão de dólares em investimento. A Wayra Brasil, hub de inovação da Vivo, e nomes conhecidos do mercado financeiro, como Marcelo Maisonnave (ex-XP e fundador da Warren) e João Carlos Zani (diretor do Bradesco BBI), são alguns dos investidores anteriores da Monkey.

A fintech foi criada para ser uma alternativa de crédito para as pequenas empresas que participam de cadeias de produção de grandes corporações. Com um marketplace que reúne 22 bancos e instituições financeiras, ela consegue oferecer a grandes empresas a possibilidade de antecipar os recebíveis para seus fornecedores. Entre seus clientes estão empresas como Gerdau, Saint-Gobain, Fiat-Chrysler, Minerva, e Petrobras.

Em 2020, a plataforma da startup transacionou mais de 8 bilhões de reais, o que resultou em um faturamento 10 vezes maior que no ano anterior. “A nossa solução já permitiu uma economia de mais de 200 milhões de reais nesses últimos três anos para as PMEs”, afirma Gustavo Müller, presidente da Monkey Exchange. Para 2021, o objetivo dos fundadores é transacionar cerca de 20 bilhões de reais e escalar a operação para poder chegar à marca de 100 bilhões até 2023.

Com os 6 milhões de dólares, a Monkey planeja ampliar sua oferta de produtos dentro do universo de antecipação de recebíveis, investir em segurança e montar uma área de análise de dados para explorar as informações que a empresa acumulou nos últimos quatro anos de operação.

“Também vamos aumentar nosso time e investir em novas soluções, como a nova plataforma de agenda de cartões, com data prevista de lançamento para início de 2021, além de potencializar nossa operação na América Latina, que foi iniciada em 2020 e ganhará ainda mais força neste ano com nossa chegada a Chile, Colômbia e México”, diz Müller

O aporte é o primeiro investimento feito pelo fundo de CVC do Itaú, gerido pela Kinea. “Esperamos contribuir para acelerar o crescimento da empresa na América Latina e, por meio de investimentos semelhantes, queremos alavancar as startups com credibilidade perante futuros stakeholders, sejam eles clientes, parceiros ou investidores, além de fomentar a ponte com o nosso ecossistema”, afirma Philippe Schlumpf, que comanda a iniciativa de Venture Capital na Kinea.

Fonte: Exame