A fintech brasileira Quasar Flash comunicou nesta quarta-feira, 23, que recebeu um aporto de R$ 25 milhões liderada pelo fundo Valor Capital Group. Criada pelo empreendedor Carlos Maggioli, a empresa faz antecipação de recebíveis para micro, pequenas e médias empresas, sob uma taxa média de juros de 2% ao mês.

A Quasar Flash foi criada em 2017 e passou os últimos anos rodando testes para realizar uma estratégia ambiciosa no mercado de crédito privado: usar recursos levantados através de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) para emprestar valores a pequenas empresas, que muitas vezes não possuem estrutura para fazer esse tipo de captação no mercado.  Para isso, a Quasar Flash usa a estrutura da gestora Quasar Asset, fundada em 2016 também por Maggioli.

Nos últimos meses, a startup fez testes com recursos próprios para validar seu modelo. A partir do dia 1º de outubro, passa a executar empréstimos com base em seu primeiro FIDC. “Vamos usar os próximos três meses para escalar e depois entrar com pleno vapor em 2021”, diz Maggioli, que também ocupa o cargo de presidente executivo da startup.

Segundo Maggioli, os empréstimos poderão ser realizados de forma totalmente digital, com aprovação de informações feita com ajuda de ciência de dados e inteligência artificial. “É por conta da tecnologia que a gente consegue intermediar os dois lados, dando uma solução ágil tanto para os investidores, via Asset, quanto para quem precisa de dinheiro, via Flash. Podemos ajudar o pequeno empresário a ter acesso a crédito mais barato, o que é uma ferramenta social”, afirma.

Estratégia

Além de fazer empréstimos diretamente a empreendedores interessados, a Quasar Flash também presta serviços a parceiros interessados em oferecer crédito à sua rede de clientes, funcionando no sistema de marketplace. De acordo com o executivo, os recursos recebidos no aporte do Valor serviram para a empresa reforçar sua equipe, saltando de 6 para 30 funcionários, além de preparar novos produtos.

“Hoje, olhamos para o risco cedente, isto é, quando um pequeno empresário me cede uma duplicata de um cliente. Podemos olhar para o inverso, o risco sacado, e também para ofertas como cartão de crédito para pessoas jurídicas e contas digitais”, afirma Maggioli, em entrevista ao Estadão.

Fonte: MSN