Falta de Refis ameaça pequenas empresas

42.251 pequenas empresa correm risco de encerrarem as atividades se não conseguirem se livrar das dívidas

Especialistas Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) afirmaram nesta sexta-feira que está correto o diagnóstico da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC) sobre a necessidade de fornecer às pequenas e micro-empresas e microempreendedores um plano de parcelamento das dívidas tributárias e cujo veto está em análise na Câmara dos Deputados.

Segundo os dados da ACIC divulgados na semana passada, das 94.220 empresas de pequeno porte, micro ou microempreendedores individuais registrados em Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré, 42.251 correm risco de encerrarem as atividades se não conseguirem se livrar das dívidas.

Refis - Grupo Studio

“A carga tributária brasileira, como muitos sabem, é uma das maiores do mundo. O Simples Nacional em 2018 fez algumas mudanças tentando minimizar este impacto negativo, mas ainda está longe do ideal. O Sebrae Nacional, por exemplo, está empenhado para garantir o refis dos pequenos negócios junto ao Congresso Nacional”, disse o consultor financeiro da entidade, Luiz Andia Filho. “Os pequenos negócios no Brasil hoje pagam mais impostos do que os grandes e isso não é correto. A curto prazo, o Refis seria uma solução importante para as MPEs e MEIs com dificuldades tributárias”, completou o consultor do Sebrae.

Juros Altos

Na visão de Andia Filho, é preciso entender a conjuntura vivida por essas empresas para captar a necessidade de um Refis. “De 2014 para cá, as empresas se endividaram de forma crescente por dois motivos: queda de faturamento e aumento de custos, o que fez com que a lucratividade caísse bastante”, explicou o consultor.

Segundo ele, foi inevitável que muitos consultores caíssem na consultoria financeira. “As empresas buscaram o financiamento bancário como solução, mas os juros altos inviabilizaram os negócios, pois os lucros baixos foram praticamente 100% destinados para as dívidas bancárias. Uma verdadeira bola de neve”, arremataram.

Nas cinco cidades pesquisadas, o índice de empresas sob risco é muito parecido: Americana, com 44,79% delas; Hortolândia, 45,17%; Nova Odessa, com 44,88%; Santa Bárbara d’Oeste, 44,16%, e Sumaré com 45,04%.

via Todo Dia – UOL.

 


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