O dólar bateu recorde durante a semana, com a moeda americana passando dos R$ 4,20. Na atividade agropecuária, a cotação faz toda a diferença no planejamento da atividade, modificando custos de produção e remuneração do produtor.
O analista de mercado do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP (Cepea) Geraldo Barros explica que a alta do dólar terá impacto razoável nos custos de produção.
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Como a compra de grande parte dos insumos já ocorreu, a tendência é que a pressão venha a partir da segunda safra, no primeiro semestre do ano que vem, caso a moeda americana continue valorizada.
Por outro lado, o bolso do produtor deve ficar mais cheio com a venda da safra de verão, que começa a ser colhida no fim de dezembro.
“Os preços dos produtos exportados pelo agronegócio, todo o conjunto, todo o volume exportado vai ter o benefício desse aumento do dólar. Claramente esse aumento de custo é muito mais do que compensado no aumento do faturamento nas exportações”, disse Barros.
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