Cerca de 51,4% dos empreendedores brasileiros têm como motivação fazer a diferença no mundo, é o que aponta a pesquisa Global Entrepreneruship Monitor (GEM) de 2019. Esses empreendedores estão à frente de negócios de impacto social que, em 2021, já são mais de 1.200 empresas atuando em diferentes áreas. O dado foi apresentado na pesquisa “Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental”.
A baiana Karine dos Santos Oliveira, de 28 anos, é uma dessas brasileiras. Nascida e criada no bairro Engenho Velho, Salvador, ela é fundadora da Wakanda Educação Empreendedora, empresa que busca traduzir conteúdos do empreendedorismo tradicional para uma linguagem mais informal e regional, dessa forma possibilitando o acesso e o fortalecimento de negócios periféricos.
“Os problemas sociais no Brasil são muito complexos. É preciso ter em mente que ela vai resolver apenas uma faceta deste problema, não ele todo. Mas é inegável a importância de pensar nesses problemas e pensar em soluções que tragam mudanças mais efetivas para o mercado”, disse ela.
Karine listou três dicas essenciais para as mulheres que desejam ter um negócio de impacto social:
Lembre-se que é um negócio
Em negócios de impacto social, a viabilidade econômica e a preocupação social e ambiental andam lado a lado. Karine afirma que os dois pontos são importantes e a empreendedora não pode esquecer que se trata de um negócio. “Ele precisa ter modelo, ser sustentável e não adianta trabalhar somente com empatia, se não ele não dura muito tempo”.
Não tenha juízo de valor
Os negócios de impacto social buscam impactar de forma positiva uma comunidade marginalizada pela sociedade. A empreendedora ressalta a importância de dialogar com as pessoas que fazem parte do público alvo da empresa, mesmo que ela já integre a comunidade afetada por aquele problema social.
“Conversem com outras pessoas que fazem parte dele também, mas sem juízo de valor. É importante essa parte da pesquisa. E se você quer atingir um problema social do qual você não faz parte, requer ainda mais pesquisa e escuta sensível”.
Tenha uma rede de relacionamento
Para Karine, ter uma rede de contatos e relacionamentos também é essencial para conhecer e entender melhor o problema, além de poder discutir e trocar ideias e informações sobre o assunto. “Converse com parceiros, outros grupos, universidades e movimentos sociais para que o seu produto se torne cada vez mais robusto”.
Com: Yahoo Finanças.
