PIB REGISTRA AUMENTO DE 1,2% NO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2022

De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (1), a economia brasileira apresentou um crescimento significativo na comparação com os três primeiros meses deste ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado do trimestre é o quarto positivo seguido após o recuo de 0,3% de abril a junho do ano passado.

Esse resultado implica em um avanço de 2,5% da economia brasileira no primeiro semestre do ano, ficando 3% acima do patamar observado no período pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de 2019. Ainda, segundo última divulgação do Banco Central, o PIB fechará o ano de 2022 com alta de 2,1%, confirmando o resultado positivo percebido nos últimos meses.

Conforme o instituto, o desempenho da economia atinge o segundo patamar mais alto da série, se mantendo atrás apenas do alcançado no primeiro trimestre de 2014. Os setores que lideram esse avanço são indústria, com participação de 2,2%, seguido de serviços, com 1,3%, e a agropecuária, que progrediu em 0,5%. A partir desse resultado positivo, as expectativas do mercado financeiro em relação ao crescimento da economia nacional neste ano apresentam melhora.

RESULTADOS DOS SETORES

O crescimento no segundo semestre foi altamente impulsionado pelo avanço de 1,3% do setor de serviços, tendo em vista que este é responsável por 70% de toda a produção da economia nacional.

“Dentro dos serviços, outras atividades de serviços (3,3%), transportes (3,0%) e informação e comunicação (2,9%) avançaram e puxaram essa alta. Em outras atividades de serviços, estão os serviços presenciais, que estavam represados durante a pandemia, como os restaurantes e hotéis, por exemplo”, relata Rebeca Palis, coordenadora do levantamento do IBGE. Com o resultado, o subsetor outras atividades de serviços está 4,4% acima do patamar pré-pandemia.

O setor industrial recebeu destaque, com aumento de 2,2%, o segundo resultado positivo consecutivo, após a queda de 0,9% no quarto trimestre do ano passado. Essa foi a taxa positiva mais alta para a indústria desde o terceiro trimestre de 2020 (14,7%), quando o setor começava a se recuperar dos efeitos da pandemia.

Houve crescimento também de 3,2% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, de 2,7% na construção, de 2,2% nas indústrias extrativas e de 1,7% nas indústrias de transformação.

O investimento medido pela Formação Bruta de Capital Fixo registrou alta de 4,8%, enquanto a Despesa de Consumo das Famílias subiu 2,6%, maior alta desde o quarto trimestre de 2020 (3,1%). Por outro lado, a Despesa de Consumo de Governo caiu em -0,9% após instabilidade no trimestre anterior (-0,1%).