O Simples Nacional oferece diversos benefícios ao empreendedor e geralmente é uma boa opção. Afinal, ele foi criado com o objetivo de reduzir a carga tributária, além de toda a burocracia que envolve abrir uma empresa.
Podem escolher pelo Simples Nacional os seguintes empreendimentos:
- MEI – Microempreendedor Individual: faturamento limitado a R$ 81 mil ao ano
- ME – Micro empresa: faturamento máximo de R$ 360 mil/ano
- EPP – Empresa de Pequeno Porte: sua receita bruta anual fica entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões
- Eireli – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada: sua adesão ao Simples está condicionada ao faturamento equivalente à pequena empresa, registrando-se como ME ou EPP.
Além disso, a atividade exercida precisar constar na lista de atividades enquadradas no Simples Nacional.
Desta forma, todas as atividades permitidas possuem códigos CNAE (Classificação Nacional das Atividades Econômicas) e, para saber se sua empresa poderá escolher pelo regime, basta verificar através do site do IBGE ou consultar um contador.
Tributação:
No Simples Nacional existe uma tabela contendo cinco anexos que possuem as alíquotas que devem ser pagas pelas empresas, desta forma cada um desses anexos se refere a um setor da economia.
Em 2016 foram feitas alterações pela Lei Complementar nº 155, cuja exigência entrou em vigor em 2018. Assim, esta tabela é separada por faixas de receita bruta referente aos últimos 12 meses de operação da empresa.
Então, após verificar se a sua atividade é permitida, você deve conferir as alíquotas que variam para diferentes tipos de serviços ou comércio, e correspondem aos impostos que devem ser pagos pelo empresário.
É possível ter mais de uma empresa no Simples Nacional?
Sim, é possível que o empresário tenha mais de uma empresa cuja adesão seja o regime Simples Nacional, mas, para isso, é preciso atender algumas regras.
A principal delas se refere ao faturamento bruto das empresas, que não deve ultrapassar o teto estabelecido para enquadramento no regime, que é de R$ 4,8 milhões por ano.
O mesmo vale para aquele empresário que quer ser sócio de duas ou mais empresas que são registradas no Simples Nacional.
Desta forma, caso o limite de faturamento seja ultrapassado, a empresa será desenquadrada do referido regime.
Vale ressaltar que, você não pode firmar sociedade como pessoa jurídica se quiser ser sócio de uma empresa enquadrada no Simples Nacional, devendo utilizar seu CPF e se registrar como pessoa física.
Para ser sócio de outra empresa não optante pelo Simples Nacional, ou seja, sendo do Lucro Presumido ou do Lucro Real, e tendo um percentual de participação superior a 10% na empresa, as receitas também serão somadas e não poderão ultrapassar o limite de R$4,8 milhões.
Veja outras regras que também se aplicam a sócios e empresas optantes pelo Simples Nacional e que podem resultar no desenquadramento se não forem cumpridas são:
- A empresa não pode ter sócios ou filiais no exterior;
- A empresa não pode ter dívidas ou débitos em aberto com órgãos públicos;
- A empresa não pode exercer atividades financeiras, como bancos;
- A empresa não pode exercer atividades de produção ou venda no atacado de explosivos, bebidas alcoólicas, cigarros, entre outros;
- A empresa não pode ser uma Cooperativa ou S/A (Sociedade Anônima); etc.
MEI
Aqui ressaltamos um tipo de empresa que não permite que seu titular seja sócio, administrador ou proprietário de outra empresa.
Além disso, o MEI possui um faturamento menor que as demais empresas do Simples Nacional, ou seja, para se registrar como microempreendedor individual, é preciso que o empreendedor fature até R$81 mil por ano e sua atividade deve estar entre aquelas que são permitidas pela Resolução CGSN nº 140, de 22 de maio de 2018.