Após a apresentação das diretrizes do plano de arcabouço fiscal pelo Ministério da Fazenda, na semana passada, o debate fiscal ainda está distante de ser resolvido, na análise de alguns dos gestores de fundos de investimentos mais importantes do país. Assim, a Selic, taxa básica de juros da economia, ainda deve demorar para cair.

Leonardo Linhares, diretor da gestora de recursos SPX Investimentos, afirmou em um evento com os investidores do Bradesco BBI, banco de investimentos do Bradesco, que a discussão fiscal está longe de ser solucionada. “Mesmo com o arcabouço fiscal funcionando, a queda de juros vai ser mais difícil do que as pessoas esperam”, disse.

Ele afirmou que Fernando Haddad, ministro da Fazenda, se mostrou “muito perseverante” e “saiu mais forte”, após a apresentação das diretrizes do plano de arcabouço fiscal. “Pelo menos colocamos um limite de crescimento das despesas”, disse.

Contudo, Linhares tende a pensar mais no lado negativo. “O modelo de arcabouço fiscal depende das receitas que não sei se virão e não há uma punição grave se ele não for cumprido”, afirmou. O diretor da SPX espera que o Congresso melhore o plano, seja porque é “conservador” ou porque não quer “dar moleza” aos gastos do governo. Além disso, disse que o governo está “impaciente” ao tentar impulsionar o crescimento da economia.

Fabiano Rios, fundador e chefe de investimentos da gestora de recursos Absolute Investimentos, não vê a Selic caindo nos próximos seis meses, pelo menos. “Para que o juro caia, precisamos enxergar um processo de desinflação, que, na prática, ainda não está acontecendo ou está em um ritmo muito mais lento do que o necessário”, afirmou.

Em relação ao arcabouço fiscal apresentado, Rios disse que acha que a tentativa de dar credibilidade aos investidores é válida, mas que ainda faltam detalhes e informações para avaliar o modelo. Bastante pessimista com o ambiente brasileiro de investimentos, ele acrescentou que não lembra de um momento tão difícil para as companhias do país.

Florian Bartunek, fundador e chefe de investimentos da gestora de recursos Constellation, afirmou que acorda com medo que a ação de uma empresa desabe 30% e que está apreensivo com o cenário das contas do governo.

Contudo, ele ponderou que, atualmente, há um pouco de “emoção demais” no mercado financeiro. “Eu não apostaria nem em um cenário fiscal que será o fim do mundo e nem que vai dar tudo certo. Enquanto os cães ladram, a caravana passa. As boas empresas vão navegando”, disse.

Fonte: Valor Investe.

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Desvinculada da Monteiro & Saran, a Studio Fiscal surgiu para atuar no ramo de consultoria tributária em esfera administrativa através do sistema de franquias atingindo em 2017 o marco de 160 unidades e mais de 4000 empresas atendidas.

O Grupo Studio desenvolveu outras verticais de negócio, visando reduzir custos, aumentar performance e manter as empresas em compliance através dos seus serviços, contribuindo com as empresas brasileiras com seu crescimento de uma forma financeiramente sustentável.

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