O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), realizou sua última reunião de 2022 e decidiu manter o valor da taxa Selic a 13,75% ao ano.
O comitê se reúne a cada 45 dias para reavaliar a situação da economia nacional e internacional e, conforme esperado pelos economistas, decidiu manter o valor da taxa básica de juros da economia que está vigente desde agosto deste ano.
Este foi o último encontro realizado durante o governo de Jair Bolsonaro, já que a próxima reunião acontece no dia 31 de janeiro, quando o presidente Lula já terá assumido.
A taxa Selic estava em 6,5% no início do mandato do atual presidente e, no começo de 2020, reduziu a taxa para o menor patamar da história, e chegou em 2% ao ano.
Com a pandemia e seus desdobramentos, a partir de março de 2021, o BC sentiu necessidade de elevar a taxa em todas as suas reuniões desde então, iniciando o maior e mais longo ciclo de alta da Selic desde 1999.
Dessa forma, mesmo com a manutenção da taxa nas últimas reuniões, a taxa básica de juros se encontra no maior patamar desde novembro de 2016, quando estava em 14% ao ano.
Em 2023 a autarquia deve seguir no comando de seu atual presidente, Roberto Campos Neto, que permanecerá à frente do BC pelo menos até dezembro de 2024, devido a uma lei de 2021 que estabeleceu a chamada autonomia do Banco Central, com mandato para presidente e diretores da instituição.
A meta da inflação, que deveria ser alcançada pelo BC em 2022, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), era de 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, podendo variar então entre 2% e 5%.
Pelo segundo ano seguido, a autarquia admitiu que não seria possível alcançar o valor esperado e que o teto da inflação seria “estourado” mais uma vez.
Fonte: Contábeis.
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