A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) informou na terça-feira, dia 22, que o consumo de energia do Brasil na primeira quinzena de setembro aumentou 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado, consolidando a tendência de recuperação da atividade econômica no país.
A quantidade de energia consumida entre os dias 1º e 15 deste mês foi de 63.660 MW médios, enquanto a quantidade média de energia apurada há um ano foi de 62.113 MW.
No mercado regulado, o consumo em setembro efetivamente ficou estável (aumento de 0,1%), com aumento médio de 43.343 MW. Em um ambiente livre, o consumidor pode escolher seu próprio fornecedor de energia, com taxa de crescimento de 7,9%, atingindo a média de 20.318 MW.
Após a migração para o mercado livre, o ACR aumentará 2,2% e o ACL 3,2%. O consumo dos autoprodutores aumentou 6,35% para 2.245 MW.
Mesmo com a gradual retomada das atividades por conta da pandemia da COVID-19, veículos (-5,0%), serviços (-4,3%) e meios de transporte (-3,5%) ainda apresentaram as maiores retrações no consumo registrado. No entanto, a retração é mais leve do que nos meses anteriores. Por outro lado, aumentou o consumo na maioria dos segmentos de mercado: higiene (28,2%), comercial (20,6%) e bebidas (14,6%). Parte do crescimento está diretamente relacionado à migração de consumidores para o ACL.
Ao eliminar o impacto da migração para o ACL, aumentará o consumo de bebidas (10,6%), minerais não-metálicos (10,6%), produtos químicos (9,3%), madeira, papel e celulose (8,4%), diversos Produtos manufaturados (6,1%) e metalurgia básica e produtos de metal (5,0%).
A geração de energia do Sistema Interligado Nacional-SIN na primeira quinzena de setembro aumentou 3,4% em relação ao mesmo período de 2019, passando de 64.450 MW médios para 66.621 MW médios. O destaque fica por conta do aumento da produção das usinas hídricas (16,7%), eólicas (12,6%) e fotovoltaicas (24,2%). Apenas as termelétricas mostram redução na geração de energia (-36,8%), que inclui a biomassa, que tem aumentado nos últimos meses.
Nos primeiros 15 dias de setembro, a geração de energia das montadoras de automóveis diminuiu 10,5% em relação ao mesmo período do ano passado, e a geração média de energia foi de 1.359 megawatts.