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Para finalizarem negócios, importadores e exportadores dependem da taxa de câmbio. Por ser um fator bastante incerto e associado aos comportamentos do mercado financeiro, pode ser difícil fazer planejamentos a longo prazo. Desta forma, é essencial conhecer as variáveis que podem impactar o câmbio.

Abaixo, confira alguns acontecimentos com potencial para impactar taxa de juros nos próximos meses. Vale lembrar que essa oscilação não precisa ser um problema para quem atua com comércio exterior.

  • Início do governo Biden nos EUA. Com isso, o mercado espera um governo menos intempestivo e mais previsível.

 

  • Relações entre EUA e China: a queda de braço entre as maiores potências globais deve ser apaziguada com a chegada do novo governo americano. Isso não quer dizer que a relação ficará boa, mas as medidas extremistas devem diminuir.

 

  • Vacina contra Covid-19. A pandemia que assolou o mundo gerou uma corrida por vacinas, que começam a chegar em alguns países. O anúncio da vacinação no Reino Unido movimentou os mercados. Por mais que isso não tenha a ver diretamente com o Brasil, os ânimos dos investidores melhoram, aumentando o apetite de risco, gerando fluxo para países arriscados, como os emergentes, e as taxas de câmbio tendem a cair. No começo de dezembro, a taxa de câmbio caiu para R$ 5,20. Em contrapartida, a falta de uma resposta de imunização em massa no Brasil pode contrabalancear esse positivismo, trazer incerteza aos investidores locais e pressionar o câmbio. Uma politização sobre o tema, com discussões públicas entre governadores e o presidente, acaba neutralizando o otimismo do mercado. Os próximos passos de aprovação da Anvisa, agência reguladora responsável pela questão, são essenciais para medir o impacto positivo da notícia e o peso que isso terá no mercado financeiro local.

 

  • Questão fiscal brasileira: a indefinição da votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que rege o orçamento do País no próximo ano, está em pauta nas últimas semanas e traz impacto para como o Brasil é visto no cenário internacional. Além disso, a falta de clareza sobre a continuidade do auxílio- emergencial também joga contra a imagem do País no cenário externo e pode colaborar para pressionar a taxa de câmbio.

 

  • Questão política no Brasil: a maneira como o presidente Jair Bolsonaro vai conduzir as questões fiscais, as aprovações de vacina e as relações internacionais com Estados Unidos, por exemplo, também conta na hora de formar a taxa de câmbio. A imprevisibilidade das falas do governo acaba impactando negativamente a imagem do País e pode afugentar investidores causando uma pressão cambial.

 

  • De olho na inflação: as expectativas de inflação estão subindo e o índice deve encerrar o ano acima da meta. Nesse contexto, o mercado pode questionar se o Banco Central está sendo leniente. Resta saber qual será o posicionamento da instituição. Em um cenário de subida da taxa de juros, há alta de fluxo de investimento e consequentemente uma baixa na taxa de câmbio. Porém se o aumento da inflação for tratado como algo pontual, a taxa pode ser pressionada.

Fonte: Ourinvest