Com o cultivo de soja e milho, a vida da etnia Paresi mudou e agora busca o equilíbrio entre os costumes da aldeia e o agronegócio. Durante o ano passado, os índios sofreram questionamentos pela produção em larga escala. Mas no final de 2019, os Paresi assinaram um termo de ajustamento de conduta (TAC), que libera as áreas de soja para o plantio.

Desta forma, a comunidade indígena pode financiar e comercializar a safra. Porém, se comprometem a não arrendar as terras, e tampouco usar sementes transgênicas. Há 15 anos no agronegócio, a tribo está cultivando 10 mil hectares de soja com investimento pesado.

Do plantio até a colheita, só neste ano, ela deve movimentar aproximadamente R$ 50 milhões nas duas safras. Contudo, ainda esbarra em questões polêmicas: até hoje os órgãos público não entraram em acordo sobre a liberação dessas grandes lavouras.

O território Paresi possui atualmente uma população de aproximadamente 3 mil índios. Eles ficam divididos em 63 aldeias distribuídas em 1,3 milhão de hectares onde mais de 95% é de cerrado nativo.

O cultivo é revezado: soja no verão, milho, feijão e o girassol, no inverno.