No ano passado o potássio, um dos fertilizantes à base de mineral extraído do solo, foi alvo de especulações e ficou sob holofotes, após interrupções de fornecimento de Belarus e Rússia.
Este movimento fez com que os preços chegassem a um patamar elevado, batendo recorde.
No ano passado o potássio, um dos fertilizantes à base de mineral extraído do solo, foi alvo de especulações e ficou sob holofotes, após interrupções de fornecimento de Belarus e Rússia. Este movimento fez com que os preços chegassem a um patamar elevado, batendo recorde.
O potássio é considerado uma das commodities essenciais para o setor da agricultura, e também no combate ao aquecimento global. Por este motivo, produtores de potássio de todas as partes do mundo, estão em busca de uma oportunidade no que tange a conquista de participação no mercado, ainda que haja muitas dúvidas sobre a demanda do nutriente este ano.
A guerra na Ucrânia trouxe uma aceleração considerável para os novos projetos que circundam a produção de potássio no mundo. Já no Brasil, considerado o maior importador global do nutriente, os preços atingidos foram de US$ 1,18 mil a tonelada em abril do ano passado, ou 250% a mais do que a média dos últimos cinco anos. Este fato foi contrastante com o quadro apresentado nos anos anteriores.
Desde os picos apresentados no primeiro semestre de 2022, a diminuição dos preços do potássio foram consideráveis. Ainda assim, atualmente os preços atingidos são 28% superiores à média dos dez anos anteriores à invasão da Ucrânia pela Rússia.
O fato de que alguns importadores resolveram estocar o nutriente mediante as atribulações recentes, fez com que muitas mineradoras pelo mundo resolvessem aumentar a produção. A Nutrien, por exemplo, maior produtora do nutriente do mundo, disse que planeja aumentar sua capacidade operacional de produção em Saskatchewan para 18 milhões de toneladas por ano até 2026.
Embora seja difícil prever como as demandas por potássio irão se manter este ano. Os preços das commodities agrícolas em alta, como o milho e a soja, estão 46% e 33% acima das respectivas médias de dez anos, isso tende a incentivar os agricultores a maximizar o rendimento, através do aumento da demanda por fertilizantes.
Mesmo que o uso do potássio costume ser mais volátil que dos fertilizantes à base de nitrogênio e fosfato, o presidente-executivo da Nutrien, Ken Seitz, disse em sua entrevista que prevê provável aumento nas demandas pelo nutriente, ainda este ano.
Fonte: Valor Econômico
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