O aumento na conta de luz está levando cada vez mais empresas a investir em energia solar para reduzir custos e ganhar competitividade. Isso explica por que o interesse em alugar usinas fotovoltaicas está crescendo tanto no Brasil.
Desde que a Aneel autorizou o desconto na conta de luz com créditos de geração remota, o número de grandes consumidores procurando fazendas solares para alugar disparou.
Essa forte demanda provocou uma onda de investimentos no setor, principalmente através do crowdfunding, uma forma inovadora de lucrar com projetos de energia renovável.
Entre os fatores que explicam esse aumento na conta de luz podemos citar:
- Inadimplência no pagamento das faturas por causa da crise
- Alta da inflação (reajustes de energia são vinculados ao IGP-M)
- Problemas climáticos, com redução dos níveis das barragens
- Uso de termelétricas, que encarece a geração de energia
- Problemas de gestão, como o apagão no Amapá
Se esse aumento na conta de luz realmente acontecer, uma pequena empresa que gastava R$ 1.500,00 por mês com consumo de energia, por exemplo, passaria a pagar R$ 1.717,50.
Considerando os reajustes de todas as outras contas fixas e insumos, dá para perceber como o aumento na conta de luz pode prejudicar o desempenho e a competitividade das PMEs, maiores geradoras de emprego do país.
Em 2020, a geração de energia solar cresceu 21,7% no auge da pandemia, apesar da alta do dólar e do preço dos equipamentos.
Se considerarmos o ranking das tarifas mais altas entre as capitais brasileiras, veremos que a região Norte-Nordeste é a que tem os valores mais salgados:
- Belém/PA– 0,684 R$/kWh
- Manaus/AM– 0,665 R$/kWh
- São Luís/MA– 0,630 R$/kWh
- Belo Horizonte/MG – 0,628 R$/kWh
- Cuiabá/MT – 0,627 R$/kWh
- Rio de Janeiro/RJ – 0,626 R$/kWh
- Boa Vista/RR– 0,618 R$/kWh
- Campo Grande/MS – 0,609 R$/kWh
- Palmas/TO– 0,600 R$/kWh
- Porto Velho/RO– 0,577 R$/kWh
- Rio Branco/AC– 0,570 R$/kWh
- Teresina/PI– 0,669 R$/kWh
- Salvador/BA– 0,552 R$/kWh
- Recife/PE– 0,549 R$/kWh
- João Pessoa/PB– 0,545 R$/kWh