Nesta quarta-feira (13), a Assembléia Legislativa do Mato grosso do Sul aprovou o aumento do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento Rodoviário). Veja abaixo uma tabela com os valores que serão aumentados:

  • Gasolina (litro): +6%
  • Gado (até 4 meses): +40%
  • Gado (de 4 a 12 meses): +36%
  • Gado (de 12 a 24 meses): +42%
  • Gado (acima de 24 meses): +72%
  • Milho (tonelada): +46%
  • Arroz (tonelada): +50%
  • Algodão (tonelada): +50%
  • Cana-de-açúcar (tonelada): +50%
  • Demais produtos (tonelada): +50%
Além de maior tributação, recursos arrecadados pela alíquota paga pelo setor agropecuário são 78% empregados na área urbana. Produtores se organizam para entrar com uma ação judicial na tentativa de reverter a decisão.

A votação na Assembleia teve 15 votos favoráveis ao aumento e foi marcada por polêmicas, já que os produtores rurais presentes na ocasião foram barrados de entrarem na sessão.

https://www.youtube.com/watch?v=iPfZbsaQoDs&feature=emb_title

Renato Meren, diretor do Movimento de Produtores Independentes do MS, disse que o setor se movimentou para que o aumento não ocorresse. O Fundersul, apesar de ser uma taxação que afeta em grande parte o setor produtivo, também terá efeitos nos centros urbanos, já que a gasolina terá um aumento de 6%. Além disso, o aumento nos impostos de produtos agrícolas irão afetar o consumidor final.

De acordo com Meren, os produtores rurais e as lideranças do setor continuarão se movimentando contra o aumento.

NOTA OFICIAL DA FAMASUL

A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS) e a Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de MS) manifestam posição contrária ao aumento das alíquotas do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul), proposto pelo Governo do Estado, em Projeto de Lei que, segundo noticiado pela imprensa local, será encaminhado para apreciação da Assembleia Legislativa.

Entendemos a necessidade de se buscar alternativas para manter o equilíbrio das contas do estado, porém, no momento em que a sociedade vive os efeitos da crise econômica instalada no Brasil, o setor produtivo não pode ser penalizado com mais este acréscimo na já pesada carga tributária.

A agropecuária é responsável por aproximadamente 30% do Produto Interno Bruto (PIB) e 95,2% das exportações sul-mato-grossenses, gerando emprego, renda e divisas para o estado. Devido à sua importância socioeconômica, acreditamos nos encaminhamentos do Legislativo Estadual para que a decisão seja contrária ao aumento proposto. Ao onerar ainda mais setores como o da agropecuária, um dos responsáveis pelo equilíbrio econômico brasileiro, o Estado joga contra as possibilidades de manutenção deste crescimento, ainda mais necessário nos momentos de crise.