O boletim “Focus” divulgou hoje, através do Banco Central (BC), as expectativas para o mercado financeiro do Brasil: a estimativa média de inflação, em 2021, foi elevada a 6,07%, por especialistas do mercado financeiro. Da mesma forma, o Produto Interno Bruto (PIB) começou a crescer, apontando uma alta de 5,18%. Em contraponto, a taxa básica de juros da economia, a Selic, foi mantida em 6,50% ao ano.

O PIB, segundo um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em maio, apresentou um crescimento de 1,2% em relação aos meses de fevereiro, março e abril deste ano – por conta de diversos motivos, o principal deles sendo a alta dos preços das commodities. Os especialistas do mercado financeiro aumentaram a estimativa do PIB de 5,05% para 5,18%, sendo a 11ª alta seguida. Tendo isso em vista, é possível afirmar que o PIB voltou ao nível pré-pandemia, com um total de R$2,048 trilhões, próximo ao número do quarto trimestre de 2019.

Segundo o estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a pandemia ainda é um empecilho quando se refere à atividade economia do país, entretanto, com a melhoria desta – tendo em vista a vacinação que está acontecendo em todos os estados do Brasil – a valorização cambial e a redução de incertezas fiscais, a expectativa foi elevada.

A inflação, segundo a expectativa do mercado para este ano, subiu de 5,97% para 6,07%, sendo a 13ª alta seguida. A meta será considerada atingida se o percentual ficar entre 2,25% e 5,25%, pois o centro da meta de inflação para 2021 é de 3,75% e o sistema vigente no país prevê a tolerância de 1,5 ponto percentual para mais e para menos.

Segundo Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos: “O aumento das atividades econômicas e a elevação nos preços andam juntos” e esclarece que isso acontece por causa da “lei da oferta e da demanda”, ou seja, progressivamente a economia deve se recuperar e isso vai refletir na inflação. Já no caminho contrário, a propensão é que com a melhoria da pandemia as commodities irão baixar de valor.

“As commodities no mercado internacional são as principais mantenedoras dos altos índices de preços. Quando essas commodities baixarem, a gente vai ver os preços penderem para baixo, também”, diz Sanchez.

Fonte: Correio Braziliense