A edição 2021 do HackatAgro apresenta uma proposta de atuação mais ampla e constante, promovendo atividades que tenham maior impacto na jornada de desenvolvimento de startups e tecnologias voltadas para o agronegócio. Parte do formato apresentado nesta edição é resultado do apoio da ExoHub – ecossistema que conecta empreendedores, investidores, comunidade, mentores e academia através da inovação aberta e da tecnologia. A parceria será responsável, entre outras coisas, pela realização dos três hackathons previstos para este ano.

A relação entre o movimento em prol da digitalização do Agro e o hub de inovação iniciou ainda em 2020. Diante da pandemia, o HackatAgro precisava se adaptar ao momento e ser realizado de forma online. Baseados em experiências anteriores com eventos digitais, os fundadores do exoHub contribuíram com ideias de plataformas e metodologias que permitiram a realização com sucesso do projeto. O que começou com uma admiração a distância e posterior contribuição veio a se transformar na união de forças para que o processo de inovação do agro se torne contínuo.

Segundo o head de Expansão do exoHub, Michel Costa, mesmo reconhecendo a importância do agronegócio para a sociedade, a falta de especialistas no tema entre os mentores e sócios do exoHub inviabilizou, até então, o trabalho voltado para o setor. “A gente entende que para defender, aportar e investir em uma área é necessário que alguém entenda do negócio”, comenta. Porém, ao conhecer o idealizar do HackatAgro, viu a oportunidade de unir as experiências e contribuir para a ampliação o projeto.

A relevância da causa e a forma como as ações vem sendo desenvolvidas foram determinantes para que o exoHub se unisse ao HackatAgro e, com a expertise de três anos de atividade, contribuísse para a reformulação do projeto. “Diante dos desafios que o setor apresenta, principalmente os que vieram com a pandemia, a digitalização se tornou questão de sobrevivência, de se manter no mercado de forma proativa”, destaca. Segundo ele, a junção dos conceitos de hackathon e inovação aberta, áreas de domínio do ecossistema, irá propiciar um movimento que não tem fim, só começo. “Conseguimos, juntos, transformar o que era um evento anual em um processo contínuo de inovação”, complementa.

Para isso, serão realizados três eventos, iniciando em julho com o desafio da Claro – uma das patrocinadoras do HackatAgro. O primeiro será a etapa de ideação, que é a trilha principal de qualquer hackathon. Os times apresentarão ideias preexistentes e serão conduzidos durante três dias a fim de identificar se as ideias são possíveis de serem executadas. O evento seguinte trabalhará em cima da validação. Mesmo já existentes, produtos ou protótipos precisam ser validados com um problema real, tendo contato com o mercado, possíveis clientes e mentores. E, por fim, será promovida a etapa em que um produto já está no mercado é utilizado para resolver um problema que, nesse caso, será de algum patrocinador.

Desse planejamento, o destaque fica por conta da continuidade do trabalho. Os eventos não acabarão ao final dos três dias, isso porque os vencedores da primeira trilha participarão das etapas seguintes, o que possibilitará um trabalho mais consistente e assertivo. A organização acredita que ao participarem de todo um programa de aceleração, com acompanhamento e preparo entre um evento e outro, os participantes entreguem um resultado que contemple a dor do patrocinador. “Hoje eu vejo o HackatAgro como um movimento em prol da inovação do agro, que utiliza as melhores técnicas de inovação aberta, hackathon e investimento”, enfatiza.

ExoHub

O exoHub surgiu, há 3 anos, de uma demanda que os fundadores entendiam ser uma dor latente: ter um ecossistema focado em negócios, em que as diferentes áreas trabalhassem juntas, de uma forma colaborativa, o que na época, segundo ele, não era uma prática em Porto Alegre. O objetivo era construir uma metodologia que conectasse academia, empresas startups, fundo de investimentos e o mercado para poder gerar negócios.

A partir dessa necessidade, foi construído um formato de prédios físicos e uma metodologia digital. Atualmente, o exoHub tem quatro unidades físicas: uma dentro da Feevale, em Novo Hamburgo; uma segunda em parceria com a empresa STE Engenharia, em Canoas; outra em Porto Alegre, que é a maior em espaço físico; e, por fim, a quarta, de uma empresa do grupo Studio.

A opção de focar em conteúdo também gerou uma empresa que faz toda a conexão com grandes corporações, desafios de inovação aberta, consultorias e serviços de inovação e que fornecem toda a metodologia para que as startups possam resolver problemas de grandes companhias. O exoHub ainda tem um fundo de investimento. “Isso que a gente chama de ecossistema exoHub, unidades físicas, metodologia, conexões, consultorias de inovação e investimento. Temos tido tanto êxito que estamos planejando, ainda esse ano, implantar mais dez unidades pelo Brasil”, conta Michel.

 

Redação: Manuelle Motta