A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não prognostica um novo “tarifaço” para o consumidor no mercado regulado. A reguladora busca evitar o impacto financeiro obtido com a primeira versão do auxílio às distribuidoras, em 2014, quando os juros totalizaram R$ 10 bilhões em cinco anos. Para isso, está buscando uma maneira para alcançar o amortecimento tarifário através de liberações de recursos que estavam suspensos. Entre eles está o Proinfa, onde estima ter uma quantia de aproximadamente R$ 1,3 bilhão.

A informação foi revelada pelo diretor Efrain Cruz na última quinta-feira, 14 de maio. Para ele, não e mais viável que o regulador entregue aumentos de tarifas de dois dígitos, ainda mais no momento em que o país se encontra. O diretor ainda contou que entre as medidas da agência para atingir esse amortecimento de tarifas a liberação de outros fundos que somaram ao ACR valores de R$ 6,5 bilhões.

Cruz comentou que existe uma diferença na conta-covid em relação ao mecanismo adotado em 2014. É a alocação do spread do custo da tomada desse capital. Aquilo que não pertence ao consumidor, ele não terá de pagar.  “O regulador mudou a postura no setor elétrico, agora há uma postura de estabelecer equilíbrio e que não seja nas costas do consumidor”, pontuou.

Vale lembrar que a nova conta não gera ativos regulatórios. Apenas entrará o que está antevisto para que faça parte do cálculo dentro do campo da neutralidade da parcela.

Para finalizar, Cruz falou também que as concessionárias têm componentes de eficiência e que é o WACC regulatório o maior atrativo de investimentos para sua remuneração. Como esse assunto já foi aprovado julga o tema financeiro encaminhado.

Fonte: Canal Energia